Hoje eu tenho a satisfação de postar um relato do grande amigo Dr. Leo Koerich, Catarina radicado nos EUA, ortodontista e grande pesquisador.
Há algum tempo pedi para o Dr. Leonardo contribuir com o nosso blog. Ele, apesar do pouco tempo disponível, resolveu contribuir conosco, apesar de ser o seu próprio blog: wwww.drleokoerich.wordpress.com/
Espero que curtam a contribuição do amigo e que também acessem o blog dele.
Abraço
R.
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Falar de biomecânica no blog de uns dos ortodontistas mais respeitados no Brasil e no mundo na área não é fácil. Mas vou tentar despertar o interesse com um caso tratei apenas por um período por conta de transferência, mas achei uma mecânica interessante para verticalizar o canino.
Em casos de apinhamento inferior, geralmente os caninos se encontram mesio-angulados e quando passamos o fio continuo, a tendência é que a coroa vá para posterior, já que o movimento de inclinação de coroa ocorre mais rápido que o movimento de raiz. Assim, a medida que o canino alinha e nivela também ajuda a resolver o apinhamento e o fechamento de espaço.
Entretanto, algumas vezes os caninos apresentam inclinação distal de coroa e quando passamos o fio contínuo, ele vai corrigir inclinando para mesial, piorando o apinhamento e aumentando o espaço da extração, que depois teremos que fechar de qualquer maneira.
Neste caso apresentado utilizei um arco base de aço e um níquel-titânio sobreposto. A princípio, os efeitos no canino serão similares ao de arco contínuo. Porém, se adicionarmos um amarrilho conjugado do molar ao canino, reforçamos a ancoragem para impedir a movimentação de inclinação mesial da coroa. Assim, a tendência é termos verticalização do canino por movimentação distal da raíz sem piorar o apinhamento nem aumentar o espaço da extração, como no caso abaixo. Note que a movimentação do canino superior foi muito mais rápida no mesmo período de tempo.
Legenda: Amarelo – longo eixo do canino. Branco – força esperada pela ação do fio. Verde – forças resultantes na coroa (anulada) e raíz.
Leonardo Koerich
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