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Como aumentar o crescimento da mandíbula e melhorar o perfil?

Boa tarde,

Como alguns de vocês sabem, apesar de eu amar física (não só a parte da mecânica) eu fiz meu doutorado sanduíche sob a orientação do Dr. Peter Buschang, da Baylor College of Dentistry. Ele é simplesmente a maior autoridade em crescimento crânio-facial no mundo. Para quem discordar, é só fazer uma consulta no pubmed e ver o número de publicações que ele possuí no assunto. Abaixo vocês podem ver uma foto nossa tirada em 2006, durante meu doutorado.

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O motivo pelo qual eu escrevo sobre isso é para dar uma explicação em primeira mão para vocês sobre um dos assuntos que ele abrangerá aqui no Brasil em 2015. Quem não conseguir esperar, é só se dirigir ao Encontro Anual da Associação Americana de Ortodontia, que será em New Orleans em 2014, onde ele é um dos palestrantes.

O assunto é como deslocar o mento para anterior (ele também tem falado de como tratar a Classe III esquelética, de forma diferente que o Dr. Hugo DeCleck está fazendo).

Não vou mentir que a minha formação inicial em Ortodontia e Ortopedia facial me ensinou que se eu tivesse um paciente retrognata (e como eu era ingênuo, achando que eu poderia determinar retrognatia só olhando o perfil e avaliando se o mento está para trás) era só eu colocar um aparelho que avançasse a mandíbula, que esse estímulo iria movimentar minha mandíbula para anterior. Nada de se falar sobre potencial de crescimento ou de se correlacionar o excesso vertical dento-alveolar maxilar, visto nos pacientes de crescimento predominante vertical, com o problema ântero-posterior relativo da mandíbula.

Ainda que aceito na época, era estabelecido que esse tipo de abordagem só funcionava para quem ainda possuía crescimento condilar significativo (hoje em dia parece que o pessoal acredita que a mandíbula consegue crescer na ausência de crescimento condilar ativo) e a explicação simplista baseada em um desenho de um artigo de 79 do Prof. McNamara junto com o Dr. David Carlson convencia.

Aula Graduação - Cl II bionator_2

Vários ortodontistas e professores nessa época (década de 80, 90 e começo desse século) também acreditavam nisso e a crença de estímulo fácil ao crescimento mandibular auxiliou a florescimento da Ortopedia Funcional no Brasil, culminando com o registro no CRO de especialidade. Assim, o número de tratamento com bionators, Klammnt, Bimler e o tal dos SNs cresceu muito, com alguns até tentando fundamentar a crença que a adição de um fiozinho ali ou um escudinho acolá poderia de certa forma mudar o rosto de uma pessoa, mesmo ela já estando anos além do seu pico de crescimento mandibular.

De qualquer forma, hoje sabemos que o pogônio (que não é sensível a modificações dentárias como o ponto B) não se desloca horizontalmente mais do que 1 mm, em média, com o auxílio de aparelhos quando comparado ao crescimento normal, e que o alongamento mandibular outrora visto em publicações não desloca o mento para anterior.

Porque? Porque o côndilo humano não cresce como o do macaco acima. Ele cresce ao redor de 90 graus  e não em 45 graus. Por isso o mento não se desloca para anterior com esse tipo de terapia. Ouvi isso diretamente do Dr. Carlson (eu tive aula com ele em Dallas no curso de crescimento mandibular) junto a seguinte frase: “Nós estávamos errados quando publicamos isso.”

Em um artigo que publicamos, eu e o Dr. Buschang no AJODO, vimos que o ganho horizontal esquelético com um aparelho de avanço mandibular não passa dos 30% quando comparados a um grupo controle. Portanto, pedir para um paciente adolescente ou pré-adolescente deslocar a mandíbula para frente e falar para os pais que ele ficará assim com uma terapia com aparelhos ortopédicos não é muito correta, pois a maior parte da correção do problema se dará por movimentação dentária. Se o seu plano envolver uma cirurgia ortognática, ai vá em frente!

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Pausa para a piada crítica: “Se você está preocupado com o pogônio do seu paciente, peça para ele deixar crescer a barba, com certeza ela melhorará o perfil mais do que um aparelho ortopédico.”

Voltando ao assunto.

O Dr. Buschang junto com o Dr. Ary dos Santos-Pinto (meu grande professor e hoje colega de equipe em Araraquara) publicaram um artigo, no AJODO em 98, onde eles viram que se o côndilo cresce para trás, como o do macaco acima, no ser humano normal ele cresce 9 vezes mais para cima para compensar a rotação da mandíbula. Não só eles, como vários outros descobriram que para melhorar o perfil (além de deixar crescer a barba) era necessário que o côndilo crescesse para cima e não para trás. Isso possibilita uma rotação anti-horária da mandíbula que pode contribuir para o deslocamento anterior do mento. Resultado…os aparelhos protratores mandibulares, que inclinam o côndilo para distal, dificilmente conseguem deslocar o mento para anterior, a não ser que haja muito potencial de crescimento, como nos pacientes de crescimento predominantemente horizontal.

Ah, mais ai vocês podem me dizer: “Vamos mudar de assunto então…E se eu intruir os molares com minimplantes, eu não consigo também melhorar o perfil, fazendo com que a mandíbula rotacione, fisicamente e não no crescimento, para anterior?”

Bom, isso faz muito sentido, pois nos pacientes Classe II verticais, o excesso de crescimento vertical dento-alveolar posterior da maxila é um dos fatos que contribuí para o problema.  E é isso que eles começaram a fazer em Dallas, desde quando eu estava lá em 2006 (no projeto major do meu colega Dr. Roberto Carrillo, de Monterrey). Mas há alguns problemas :

1 – O equilíbrio músculo-esquelético: Quanto tempo você precisará segurar eles (os molares) em posição para que os músculos, que mantém a pressão necessária para a manutenção do equilíbrio facial, “encurtem” para um novo equilíbrio, mantendo o terço facial inferior diminuído? O próprio Dr. Vincent Kokich falou sobre a incerteza de estabilidade desses casos na AAO de Denver, em 2008… Mas hoje não temos resposta para isso. Entretanto, poderíamos especular que durante o crescimento, na fase específica onde ocorrem modificações naturais nessa área, essa modificação teria mais chance de ser estável. Essa é uma das opiniões do Dr. Buschang que fazem muito sentido. Ele postula que se você quer causar mudanças estáveis no organismo de alguém, você terá maiores chances de causá-las durante o momento que as mesmas ocorrem naturalmente.

2 – A compensação dento-alveolar, pois os molares inferiores extruem: Esse é um dos motivos pelo qual o pogônio não vem para anterior mesmo quando intruímos ou mantemos os molares superiores em posição durante o crescimento, seja com minimplantes, seja com forças extra-bucais ou até mesmo se conseguíssemos uma intrusão significativa com barra palatina afastada do palato (o que não acontece, sorry…mas essa discussão fica para uma próxima). O nosso corpo tem um “vontade” de manter as dimensões do nosso rosto e quando tentamos mudá-las, ele compensa alguma área para lutar contra as modificações. Na minha apresentação da ABOR, segundo minha irmã, eu fiz uma piada sem graça sobre o assunto que qualquer dia eu conto de novo…

De volta ao foco…o que eles estão fazendo em Dallas, é intruir os molares superiores e “segurar” os molares inferiores, para que eles não extruam e não compensem a rotação mandibular. É óbvio que esse tipo de tratamento está sendo utilizado em pacientes verticais, sem muito potencial de crescimento e a estabilidade ainda está sendo avaliada. Mas os resultados são animadores.

Portanto, vejam que para resolver um problema de crescimento, precisa-se saber “um pouco” como as estruturas crescem, quando elas crescem e ONDE ocorrem os desvios que geram problemas. Não é simplesmente se apoiar no que está escrito em livros, e em opiniões, e começar a inventar histórias que podem até convencer a maioria (que na verdade quer ser enganada), mas não resolvem nada do ponto de vista esquelético.

Termino esse post com uma frase do grande Dr. Tyson, astrofísico, que tem tudo a ver com as “crenças” ortodônticas:

Science rocks! To be scientifically literate is to empower yourself to know when someone else is full of s***. You have an understanding of the properties of the laws of physics, so when someone comes up to you to sell you crystals and they say “rub these together and you’ll be healed”,  you say “well what are they made out of? And how many people have they healed?  And what aliments do they heal? And whats the mechanism? How much do they cost? And where are they from? And what’s their molecular structure?” the person runs away in tears. The science literacy is not knowing the answer, you might know the answer, but that’s not what’s fundamental, what’s fundamental is the capacity to inquire about what is true and what is not in this world. And that is the empowerment. The power of inquiry.

 

Abraço,

R.Martins

 

 


Fio superelástico VS. termoativado

Algumas vezes já fui questionado sobre esses fios, muito mal compreendidos, mas nem por isso pouco utilizados na ortodontia. Hoje em dia todo mundo utiliza fios de níquel-titânio nos tratamentos de seus pacientes, seja como fio inicial e/ou como fios intermediários também.

Eu me sinto especial em escrever sobre esses fios, talvez porque Araraquara é o berço no Brasil para os fios de memória, já que a história dos mesmos se mistura com a história da Técnica do Arco Segmentado, por compartilhar alguns dos seus introdutores (Na pós-graduação em ortodontia da UNESP de Araraquara, já em 1995 os alunos de mestrado utilizavam Copper NiTi nas clínicas de ortodontia corretiva). O Dr. Charles Burstone estava envolvido com o desenvolvimento da liga de níquel-titânio superelástica de um grupo Chinês em meados da década de 80 e o Dr. Rohit Sachdeva, na época professor da Baylor College of Dentistry, em Dallas e hoje CEO da Orametrix, foi o introdutor do Copper NiTi na ortodontia, em meados da década de 90. (Pronucia-se “cóper” e não “cuper”…. “cuper” é aquele exercício de quem corre muito).

Hoje eu queria  comentar um pouco sobre os chamados fios “termoativados”, já que a patente da utilização ortodôntica de fios de níquel-titânio adicionados de cobre caiu e, portanto, já temos os mesmo disponíveis no Brasil.

Qual a vantagem da adição de cobre ao níquel-titânio? Para responder essa pergunta, primeiro precisamos esclarecer alguns fatos sobre os fios de NT (não vou usar NiTi, pois esse nome é marca registrada da Ormco Co. e diz respeito aos seus fios somente). Propositalmente eu simplifiquei as explicações e deixei os termos martensítico, austenítico, e as temperaturas de transição As,Af,Ms,Mf e da fase R de fora. Se alguém tiver alguma pergunta específica ficarei contente em responder logo abaixo.

Para essa discussão precisamos de algumas informações importantes:

– Toda liga de NT superelástica possuí uma característica interessante, ao adicionarmos uma certa quantidade de pressão (o quanto vai depender de algumas temperaturas inerente da liga, em especial, de uma que vou chamar nesse texto de “inata”, e também da temperatura ambiente) ocorre uma mudança na estrutura cristalográfica da liga. É como se ela se tornasse um material diferente naquela região, inclusive com uma proporção de carga-deflexão mais baixa, sendo um material mais “flexível”. A partir do momento em que removemos essa carga, essa liga retorna ao seu estado cristalográfico original, descrevendo um platô (uma área relativamente plana) no seu gráfico de carga/deflexão, até que que sua estrutura cristalográfica volte ao normal e essa liga assuma as características que ora possuía antes da carga ser aplicada. A essa característica se dá o nome de superlasticidade!

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– Já sabemos que cada liga tem essa temperatura inerente, e uma outra informação importante é que quanto mais próxima ela está da temperatura ambiente (no nosso caso da temperatura da boca do paciente), porém abaixo, mais constante será o tal platô da superelasticidade.

– Se as diferenças entre as temperaturas forem grandes:

1 – o fio pode já estar transformado em sua fase mais mole e portanto, flexível demais para desenvolver alguma força compatível com a necessária para movimentar dentes de forma eficiente. (Isso se a temperatura inerente do fio for muito acima da temperatura em que iremos utilizá-lo)

2 – o estresse (a deflexão) necessário para induzir a transformação cristalográfica precisa ser maior e muitas vezes incompatível com as dimensões intra-orais. (Isso se a temperatura inerente do fio estiver muito abaixo da temperatura em que iremos utilizá-lo). O grande problema é que a temperatura inerente de cada liga varia muito (na casa das dezenas de graus centígrados) com mínimas variações da proporção de níquel por titânio, e as fábricas que produzem NT, portanto, têm uma dificuldade em controlar essa temperatura. Ela varia até mesmo entre de fios do mesmo lote, o que quer dizer que um fio que você instala no primeiro paciente do dia pode ter um comportamento pior do que o fio que você instala no último paciente do dia.

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Felizmente, existe uma forma de controlar isso. Com uma pequena adição de cobre, a variação da temperatura inerente da liga passa a ser desprezível, mesmo variando-se as proporções de níquel por titânio. Outra característica é que variando-se a porcentagem de cobre na liga, a temperatura inerente pode ser manipulada facilmente, para cima, tornando a liga menos superelástica, mas mais flexível; ou para baixo, tornando a liga mais rígida sem perder a característica superelástica (só sendo necessária a aplicação de mais pressão para induzir a transformação cristalográfica.

A Ormco Co. então patenteou a idéia e passou a produzir o Copper NiTi, assim os concorrentes se viram obrigados a lançar um material similar. O que a maioria fez? Através de tratamento térmico ou elétrico passaram a manipular (MUITO IMPORTANTE- DE FORMA NÃO CONTROLADA) as temperaturas da ligas de NT. Isso gerou fios muito bons, como o NeoSentalloy, da Tomy em associação Furukawa, os quais possuem até hoje uma tecnologia sem comparação para controlar essas temperaturas; como também gerou outros muito ruins (que todos os ortodontistas brasileiros conhecem). De qualquer forma, a maioria das empresas vendiam esse fio como termoativado, nada mais sendo do que um NT superelástico com um tratamento térmico.

Para aqueles que gostam de uma “quentinha” aqui vai uma informação de primeira mão. A Tomy rompeu com a GAC e se aliou com outra companhia americana. Só não sei quem vai fabricar bráquetes e fios para a GAC agora…. Vamos então as perguntas e respostas?

Isso quer dizer um NT superelástico é “termoativado”? Yes Sir, it is!

Eles são feitos com a mesma liga? Sim, com exceção do Copper NiTi, todos os outros são o MESMO fio.

Qual a vantagem de um termoativado (Sinceramente, não gosto dessa nomenclatura…chamo todos os NT contemporâneos de superlásticos)? A vantagem é que se as temperaturas de transformação forem próximas da de trabalho, o platô superelático fica mais plano, isso é, a liga fica mais flexível. Assim, um fio termoativado mais espesso pode desenvolver as mesmas forças que um NT superlástico mais fino. Por exemplo, se você utiliza um NT .014” para nivelamento, você pode utilizar um NT termoativado .016” ao invés. Outro exemplo pode compreender a idéia de utilizar um NT termoativado retangular como primeiro fio ou invés de iniciar com um redondo superlástico, como preconiza a técnica de Alexander, que visa obter controle de torque nos incisivos inferiores o mais cedo possível no tratamento.

figura 33

E o NITINOL? O nome nitinol foi patenteado pela Unitek quando eles lançaram a primeira liga de NT no mercado ortodôntico, na década de 70. Essa liga era trabalhada a frio e não possuía superelasticidade, ela era bem mais flexível que os fios de aço e era de difícil deformação. Hoje é bem difícil encontrar essas ligas para venda. Abaixo, você podem ver a diferenças de carga/deflexão de um fio de aço. NITINOL e NT, removido do artigo do Miura de 1985.Picture10

 

Espero que tenham gostado desse post.

Um Abraço,

R. Martins


Tratamento da Classe II completa sem extrações: Vale a pena utilizar minimplantes?

Boa Noite,

Hoje resolvi postar mesmo me preparando para a palestra que vou dar no Congresso da Associação Brasileira de Ortodontia em Natal, na quinta-feira que vêm (alguns momentos de descanso valem a pena). Como vou falar de ancoragem, eu estava olhando meus casos de classe II completa e me deparei com um caso que eu já tratei há algum tempo atrás, mas sem extrações.

Então, essa é uma forma que eu bolei para movimentar molares para a distal e tratar uma má oclusão de classe II. Tive essa idéia quando eu estava em Dallas, em 2006 (me desculpe se alguém pensou nisso antes, mas não vi publicado dessa exata forma até então), me baseando numa maneira que o Jason Cope utiliza para intruir molares bilateralmente.

Não é muito difícil de fazer o planejamento, mas ele precisa ser criterioso. Os alunos das especializações de Araraquara hoje passam por duas aulas de “hands-on” para aprender essa técnica, que inclusive pode ser utilizada para movimentação dos molares para mesial também. Eu fiz uma breve descrição do processo no livro de minimplantes do Roberto Shimizu, no capítulo de classe II.

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Slide2

Esse sistema é totalmente sem atrito e movimenta os molares por translação. O conhecimento para essa técnica vem direto da biomecânica científica ensinada na técnica do arco segmentado, que é de passar a força pelo eixo de resistência dos dentes causando uma movimentação de corpo.

O grande problema é que a movimentação é lenta e o tratamento se torna longo, já que os molares vão para distal 7 mm e depois os dentes anteriores precisam ser retraídos 7 mm. Esse tratamento acima demorou pouco mais de 4 anos para ser realizado e eu não o recomendo para a má oclusão específica acima. Eu acredito que duas extrações superiores caem melhor, já que a modificação do perfil é a mesma (o lábio não sabe como os incisivos foram para distal).

 

Um abraço para vocês e até Natal!

R.Martins


Minimplantes: De graça nem injeção no palato!

Boa noite,

Amanhã é dia de dar aula de minimplantes na especialização. Desde que me aprofundei nesse assunto em Dallas com os meus amigos Roberto Carrillo, do México, e Jason Cope, de Dallas, tenho ensinado essa disciplina aqui em Araraquara. O nosso programa consiste de 16 horas:

– Uma aula teórica de 6 hrs;

– Uma aula “hands-on” com osso artificial e vários fabricantes de minimplantes ( de 2 horas);

– Duas aulas “hands-on” de aplicações práticas efetivas (6-8 horas).

 

 

Independente disso, nós gostamos muito de utilizar os minimplantes no palato e nesse caso a anestesia é sempre um problema, não é?

Não necessariamente. Existe uma seringa alemã fantástica, que aplica a anestesia por pressão, o que é muito interessante e remove a dor da anestesia no palato. O nome dessa seringa é a MADAJET.

Segue uma foto para que vocês vejam o aspecto da mucosa após a anestesia:

Aula DAT_parte I

 

Vantagens:

– Dor mínima,

– Quantidade mínima de anestésico, na foto foi aplicado um tiro, que aplica um décimo de tubete convencional, ou 0,18 ml,

– Visualização da área anestesiada.

 

Abraço,

 

R.Martins

 


Osteocondroma: Um caso clínico

Boa Noite,

Hoje eu decidi colocar um caso clínico para compartilhar com vocês que tem presenciado o blog!

Há algum tempo atrás comecei a orientar um caso clínico em uma das clínicas da de especialização da Faculdade de Odontologia de Araraquara. A paciente tinha uma assimetria facial bem visível e, interessantemente, ela relatou que já havia sido tratada com ortodontia. As fotos dela estão abaixo.

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Devido ao histórico e assimetria característica de uma condição chamada osteocondroma, foi pedido uma cintilografia para confirmar o diagnóstico. Osteocondroma é um tumor benigno ósseo que causa um aumento de um dos côndilos, produzindo uma assimetria facial, e que pode acabar gerando dores e disfunções no côndilo do lado oposto.

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Confirmado o diagnóstico, que pode ser visualizado acima, procedemos com o tratamento. O Dr. João Gonçalves e o Dr. Daniel Cassano foram os cirurgiões que removeram o tumor, o qual foi confirmado por teste histopatológico e depois procederam com a cirurgia ortognática para a resolução do problema.

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Por opção da paciente, ela foi tratado com ortodontia lingual e após a ortognática ela preferiu terminar o tratamento no nosso consultório particular. O resultado final pode ser visto abaixo, onde conseguimos obter uma boa finalização independente do aparelho utilizado.

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O mais interessante deste caso, entretanto, não é a resolução do problema, e sim a documentação do primeiro tratamento realizado. Uma colega cirurgiã dentista a Nicole Casalle, a qual será co-autora do relato de caso que estamos escrevendo, foi a responsável em encontrar as documentações da paciente do tratamento realizado anteriormente por outra profissional, o qual foi muito bem realizado, por sinal.

Compartilho as fotos iniciais e finais do primeiro tratamento realizado, onde vocês poderão ver o desenvolvimento do problema, comparando com as fotos acima. Espero que vocês gostem!

Um abraço,

R. Martins

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