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Sistemas Consistentes e Inconsistentes

Boa Noite,

Hoje eu queria fazer um pouco sobre a consistência de sistemas de força quando comparamos o que gostaríamos que ocorresse comparado com o que ocorre na ortodontia.

Aposto que você já se perguntou porque é tão difícil corrigir dentes de extremidade na ortodontia.

Sabe aquele segundo molar cruzado…aquele mesmo…não importa o que eu faço, as dobras que eu dou…ele rotaciona…mas fica cruzado… – É desse que eu estou falando!

Mas como as coisas são engraçadas…tem segundo molar que corrige fácil, no nivelamento mesmo. Por que será?

Bom a resposta é a seguinte (em itens devido a eu ser metódico), com os respectivos problemas descritos:

1 – A extremidade do arco ortodôntico é muito flexível, pois não há apoio distal ao último dente. Então não há estresse, ou força, suficiente para a correção. Então tudo já fica difícil.

2 -Mas a correção não é impossível com arco contínuo. Em parte dos problemas, o sistema de força para a correção do molar é consistente com o sistema de força que o fio contínuo exerce…ai não é tão difícil corrigir. A correção fica muito difícil quando o sistema de força para a correção do molar é INconsistente com o sistema de força que o fio contínuo exerce…ai é quase impossível.

 

consist incossi

 

Para esses casos inconsistentes, temos nossa alça retangular que inverte a inserção forçada do fio aos bráquetes proporcionada pelo arco contínuo:

alça3

 

Nos casos inconsistentes (levando em consideração o segundo molar só…a unidade ativa), a distal do molar vai estar fora de posição (ou mais fora de posição que a mesial dele). Se o arco for muito flexível na distal, fica difícil de resolver o problema. É ai que entra a alça retangular. Como ela inverte a inserção do fio, a distal do segundo molar fica mais rígida que a mesial, o contrário do fio contínuo. PROBLEMA 1 RESOLVIDO

Mas ela também resolve o PROBLEMA 3 , devido à sua geometria ela consegue desassociar o momento causado pela força, como o fio contínuo faz. Na verdade, até seria possível com uma dobra em “V” reproduzir um sistema de força consistente (nesse exemplo que estamos falando só estamos olhando o lado do 2o. molar), mas a distância interbráquete é proibitiva, tornando essa solução impraticável.

Diga-se de passagem, que não vê o que o grande Tom Mulligan faz com arco contínuo? Além de saber de luta-de-braço ele sabe de  mecânica. Mas para ele fazer o que faz, ele não monta os pré-molares. Ele deixa aquela distância interbráquete gigante entre caninos e molares para trabalhar com as dobras em “V” dele (e mesmo assim não sabemos o que ocorre com a parte anterior do arco).

 

Portanto, nos casos onde a distal dos 2os molares estiver ruim, alça retangular neles.

Boa Noite,

 

R.Martins


2 Comentários

  • Responder Sabine |

    Olá;

    E nos casos onde se deseja a intrusão de segundos molares (superiores ou inferiores), com correção da inclinação mesial (nos inferiores)? Como saber se é consistente ou inconsistente?

    • Responder Dr. Renato Renato Parsekian Martins |

      Olá Sabine,

      Intrusão de um molar inferior onde ele tem inclinação para mesial da coroa é inconsistente, é por isso que é tão difícil verticalizar e intruir molares inferiores ao mesmo tempo. Para você saber se é consistente ou inconsistente, imagine um fio conectado somente ao dente que você quer movimentar. Observe a direção da força que você produzirá ao tentar encaixá-lo aos dentes contíguos. A partir daí você sabe qual força o dente sofrerá (a mesma que você aplica ao fio) e a direção da rotação (imagine o fio como uma chave de rosca).
      Abraço

      R.

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