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Congresso AAO 2015

O congresso já acabou há algum tempo e eu ainda não escrevi nada sobre ele, eu sei… Mas tenho minhas desculpas por ter escrito pouco.

Filha pequena, alguns artigos para fazer algumas revisões e re-submeter e outros que tive e ainda tenho que revisar. Mais o que mais tomou meu tempo ultimamente foi a editoração da Edição especial de Biomecânica na revista clínica de ortodontia Dental Press, a qual tive a honra de ser convidado como Editor Convidado, mas isso fica para um próximo post. Vamos à minha visão do congresso desse ano!

Parte Científica

Para quem não foi, não fiquem muito tristes. Sem grandes novidades. Isso me lembrou até um almoço em Dallas. Era numa sexta-feira, acho que 2012 ou 13, e eu, o Hilton Goldreich (um dos ortodontistas mais bem sucedidos do Norte do Texas) e o Larry Wolford (talvez o maior e mais experiente cirurgião BMF na área de ortognática e ATM) almoçávamos num restaurante italiano perto do consultório do Goldreich, em Plano.

O papo foi legal mesmo sem vinho, porque o restaurante não tinha licença para vender álcool (coisa típica de alguns lugares do “Bible Belt”). Mas eu me lembro bem da pergunta que o Hilton fez para o Larry, ou o Larry fez para o Hilton:

“De quanto em quanto tempo uma pessoa precisa ir num congresso anual para se manter informado do que está acontecendo na profissão?”

A conclusão da discussão foi que o profissional para não ficar desatualizado ele precisa frequentar um congresso e PARTICIPAR uma vez de 3 a 5 anos e, sinceramente, eu acho que concordo. Não estávamos conversando sobre o lançamento de um bráquete novo (mesmo que a novidade seja uma pintinha diferente) ou de uma tecnologia promissora de maior velocidade de tratamento não confirmada pela ciência. Estávamos falando de novidades reais e/ou que mudem protocolos e planos de tratamento. No caso da ortodontia os mini-implantes, as corticotomias e o escaneamento 3D são um dos exemplos.

De qualquer forma, sem novidades significativas, na minha opinião. Mas algumas palestras foram interessantes.

O ponto contraponto sobre o tratamento precoce da Classe II foi engraçado. Estavam a Heesoo Oh, que eu não conhecia, e o Steven Dugoni fazendo o ponto e o Kevin O’Brien e o Paul Sandler, fazendo o contraponto. Eu digo que foi engraçado porque estava todo mundo falando a mesma língua…que tratamento precoce somente com o propósito de relacionar os arcos no ântero-posterior não faz sentido, a não ser para diminuir o overjet (e diminuir a possibilidade de fratura dental). O próprio O’Brien falou que quando o convidaram ele disse: “Eu não acredito que vamos voltar nesse assunto…Nós já passamos desse ponto!”. Aparentemente para alguns não (apesar da evidência) e no Brasil para muitos não também.

Algumas palestras mostraram as utilizações clínicas dos scanners intra-orais, que são realidade nos EUA, mas ainda não “pegaram” de foram geral porque demoram demais para serem feitas (pelo menos na realidade do americano) ou são muito caras para outros (para nós aqui no Brasil ainda é muito caro).

Mas também tiveram as “novidades” ainda não comprovadas (que custam dinheiro) e que já estão no mercado…o ano retrasado e passado foram as vibrações. Esse ano foi a vez da “Fotomodulação”, onde se pretende uma maior velocidade de movimentação a partir da estimulação dos tecidos pela luz. Temos que tomar muito cuidado com novas tecnologia, porque o profissional ético só proporciona tratamentos com eficácia cientificamente comprovada.

Um Abraço,

 

R.