Boa tarde,
Long time no see!
Fiquei algum tempo sem postar, então por isso peço desculpas a vocês, estive ocupado com alguns artigos e com a co-orientação de uma tese sobre alças que logo coloco os resultados aqui! Novidade no pedaço.
Mas vamos lá, o assunto de hoje é ortognática! Esses dias me perguntaram se eu sempre peço para o cirurgião buco-maxilo segmentar a maxila em 3 peças nas cirurgias onde eu faço preparo cirúrgico.
É claro que não. Entretanto, em alguns casos a segmentação pode trazer algumas vantagens ao preparo cirúrgico e também solucionar problemas causados por um preparo deficiente.
Dentre esses casos está a situação onde o paciente possui um plano oclusal a ser modificado e que alterará a posição dos incisivos superiores de forma indesejada.
Olhem o exemplo abaixo:
Foi planejado para esse paciente hiperdivergente, com queixa de apnéia, uma rotação anti-horária da maxila, o que iria acarretar em uma excessiva vestibularização dos incisivos superiores (os quais já são um pouco inclinados para anterior) se a maxila permanecesse inteira. Nesse caso o preparo ortodôntico pediria duas extrações superiores e um consequente avanço maxilar, o que não seria adequado.
A outra alternativa seria não rotacionar o plano oclusal, o que também não seria interessante (a queixa inicial do paciente envolve apnéia, e o planejamento pretende rotacionar a mandíbula no sentido anti-horário) se eu pretendo que ele durma bem.
Como o planejamento envolveu a segmentação da maxila em 3 peças, o cirurgião pode deixar os incisivos mais verticalizados independente da movimentação do plano oclusal, o que gerou um bom resultado ortodôntico-cirúrgico.
Para aqueles que gostam de um final feliz, sim…o paciente hoje conta carneirinhos sem problemas!
Um abraço a todos,
R.Martins