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Posts tagged with: Ortodontia Lingual

Boa montagem + boa mecânica + boa biologia = Sucesso

Boa noite,

Hoje é sábado, aniversário da minha esposa. Enquanto penso no presente, escrevo mais um post.

Domingo vamos para o Rio! Quinta tem o Congresso da SBO, vou falar sobre fios num simpósio de velocidade de tratamento…Great honors *,*,*!

Por isso resolvi mostrar um caso que fotografei hoje, com apenas cinco meses de tratamento. Daria até para fazer um folder com os dizeres –  “Boa montagem + boa mecânica +boa biologia = Sucesso” – nos moldes dos folders de aparelho milagrosos, mas não vamos fazer isso: vamos compartilhar no Smartodontics. O aparelho é o estético que eu gosto mais: Lingual superior e safira inferior, o melhor custo/benefício, na minha opinião, para todos: eu e o paciente!

Recentemente fiz amizade com um excelente ortodontista do Pará, o Dr. Graziane, que tem um laboratório de montagem de lingual, onde ele usa a máquina Accurate Bracket Placement (ABP) da companhia ADENTA. O caso em questão foi montado com a ABP, muito bem. = BOA MONTAGEM

O caso em questão tem um sobremordida acentuada onde nós usamos uma alternativa mecânica que sairá publicada no special topic da DPJO, a correção vertical precoce com cantilevers (quem já viu nos meus cursos sabe do que estou falando). = BOA MECÂNICA

A paciente apresenta uma velocidade de remodelação óssea enorme, mesmo na planificação da curva de Spee. Lembrem-se sempre dos dados do artigo que escrevi junto com meu amigo André Monini, de Goiás, na Angle Orthodontist.(http://blog.martinsortodontia.com.br/braquetes-autoligaveis-promovem-uma-retracao-mais-rapida/) Há pacientes onde a movimentação ocorre até 4 vezes mais rápido que outros. = BOA BIOLOGIA

Abaixo vocês podem ver os resultados no dia quando inseri meu fio 0,016″ x 0,025″ de NiTi no aparelho superior ligual e já estava com o fio 0,016 x 0,022 de aço no aparelho inferior de safira.

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Tem tanta coisa para observar nesse caso e discutir que eu poderia ficar aqui até amanhã digitando. Vai desde a velocidade do nivelamento, passando pelo alinhamento rápido (0,016″ CuNiTi e 0,016″ Aço) e finalizando com a correção da inclinação dos incisivos….muito coisa para 5 meses. Os amantes de mecânica vão perceber como o molar esquerdo teve sua rotação corrigida mesmo sendo um dente de extremidade devido ao sistema consistente. Cool stuff!!!

Resultado parcial com 5 meses de tratamento = SUCESSO!!!

 

Um abraço,

R.


Opal Bond e Ortodontia Lingual

Uma das grandes dificuldades que temos para remover resinas por lingual, seja por causa do aparelho removido ou da barra 3×3 que caiu, é que não conseguimos ver o que é resina e o que é esmalte. É por isso que eu acho uma excelente solução utilizar as resinas da Opal para esses fins. Opal Bond MV para ortodontia lingual e OpalBond Flow para colar barrinhas 3×3.

Opal bond (640x369)

Nessa foto vocês podem ver como fica fácil diferenciar resina de esmalte com a ajuda do filtro de luz negra que acompanha o fotopolimerizador Valo (da para ver ele bem no canto da foto em vermelho).

E ai, o que vocês acham?

 

Um abraço

 

R.Martins


Revista Clínica de Ortodontia Dental Press – Edição Especial “Biomecânica”

Bom dia,

Esses dias fiz uma postagem no FB sobre a edição especial sobre biomecânica que sairá nas próximas duas edições da Revista Clínica de Ortodontia Dental Press. Depois dessa postagem, me fizeram várias perguntas sobre ela, que passo a responder agora:

 

– Quem são os autores?

– No primeiro número:

1 – Acácio Fuzyi, Ronald Paixão, Sérgio Penido e Alexandre Simplício, com o artigo: “Considerações sobre a etiologia, diagnóstico e tratamento da mordida profunda;

2 -Ary dos Santos-Pinto, com o artigo “Verticalização simplificada de molares: Uma aplicação dos conceitos biomecânicos em casos de disturbios de erupção dos segundos molares”;

3 – Benedict Wilmes, com o artigo: “Avanços em ancoragem esquelética com o uso de mini-implantes com abutments para maxila e miniplacas para a mandíbula”;

4 – Larry White: “O uso de cantilevers para correção da má oclusão de Classe II”;

5 – Márcio Almeida: “Aplicação da Biomecânica no tratamento da trasnposição de caninos superiores”;

6 – Samuel Roldan, Rosana Martinez Smit, Juan Isaza, Catalina Isaza e Peter Buschang, com o artigo: “Análise clinica, biomecânica e 3D em um paciente Classe III esquelética: Ortopedia maxilomandibular com ancoragem osseosuportada, OMAO, com mini-implantes de 3 mm”.

 

No segundo número:

 

1- Gerald Samson, com o artigo:” Vertical! Mecânica para mordida aberta na dentição mista”;

2- Sergei Rabelo, com o artigo “Cantilevers assimétricos para a correção da inclinação do plano oclusal”;

3- Amanda Viecilli e Rodrigo Viecilli, com o artigo: “Determinação da linha de ação de força e ativação de cantilevers para movimentação ortodôntica”;

4 – Tom Mulligan, com o artigo: “Equilíbrio estático”;

5 – Arno Locks, Rodrigo Locks e Leonardo Locks, com o artigo: “Verticalização de molares e suas diferentes abordagens”;

6 – Salvador Romero, com o artigo: “Ortodontia Lingual com diagnóstico high-tech”.

 

– Por quê são dois números?

– Porque não demos limite aos autores sobre figuras e sobre o tamanho dos artigos, e como todos os convidados contribuíram a edição ficaria muito grande.

 

– Mas tem artigo que não tem nada com arco segmentado!

– No editorial da primeira revista eu teço algumas explicação do porquê a biomecânica não é privilégio da Técnica do Arco Segmentado. Biomecânica quer dizer outras coisas, como por exemplo…a maneira que os ossos maxilares e o crescimento respondem às forças.

 

– E você escreveu sobre o quê?

– Só escrevi os editoriais. Na minha opinião, não acho legal o editor escrever na revista que ele edita, salvo algumas raras exceções, e principalmente em áreas feitas por convite, tal qual nessa edição ou como no conhecido “Seminars in Orthodontics”.

 

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Espero que gostem,

 

R. Martins

 

PS. Errei na digitação de “transposição”  no título do artigo do Márcio Almeida mais acima, mas deixei errado para o alívio cômico.


Uma dica para a remoção de resina!

Boa tarde,

Estou aqui em casa muito feliz…2014 está chegando e estou cheio de perspectivas para esse ano que chega!

Com muito trabalho! Fora os quatro consultórios, quatro turmas de especialização, orientações de mestrado e doutorado, em janeiro estamos em João Pessoa, na ABO para um curso de 3 dias hands on da técnica de Alexander. Em fevereiro, temos mais uma turma do curso de colagem indireta aqui em Araraquara (e minha filha nasce!!!!), em março temos um curso de oito horas na Associação Angle, em Curitiba, em abril…palestra sobre mecânica com bráquetes de safira para a ABOL, em maio temos a AAO, em junho dou um curso para a ABOR – SC, em Florianópolis, em julho temos outra turma de colagem indireta e um educator’s meeting nos EUA, finalmente em setembro, temos uma aula de oito horas sobre preparo cirúrgico para o pessoal da Ortodontia Contemporânea, em Salvador….ufa! Vai ser difícil coordenar filha e trabalho, mas vamos tentar!

Como eu acredito que sempre colhemos bons frutos do trabalho, bola para frente.

Bom,  vamos voltar ao assunto do post de hoje!

A remoção de resina para a recolagem ortodôntica ou para a remoção definitiva dos acessórios pode ser um problema se não formos extremamente cuidadosos, pois estamos sempre preocupados para não remover esmalte junto com o remanescente de resina, não é mesmo?

Por vestibular, temos várias formas de evitar isso…eu costumo a usar brocas multilaminadas e um alicate próprio, da ETM, para esse fim e é lógico que um polimento final vem bem a calhar também. Já respondendo…não gosto muito das brocas “shofu”, a possibilidade de ela desgastar esmalte é muito alta.

Bom, mais por vestibular é tudo mais fácil…o problema, meus amigos, é por lingual. Não só para quem faz mecânica por lingual, mas também para as contenções coladas, já que uma das razões do porque uma barra 3 x 3 ou 4 x 4 inferior (ou uma 1 x 1 ou 2 x 2 superior) cai depois de uma primeira recolagem, é porque não se removeu toda a resina do esmalte.

Já na ortodontia lingual, o motivo de insucessos de recolagens também advém parcialmente desse motivo. Ainda na ortodontia lingual, a remoção total da resina utilizada após o fim do tratamento é mais difícil do que por vestibular, pois a nossa visualização fica prejudicada.

Várias pessoas tem utilizados resinas coloridas esses fins, como eu também usei por um tempo…mas de 3 anos para cá tenho utilizados uma resina muito boa da Opal chamada OpalBond MV. A vantagem dela sobre outras resinas é que ela é sensível à luz negra, então com uma lanterninha qualquer, dessas de chaveiro mesmo, de luz negra (dada pela mesma empresa ou comprada na internet) você consegue identificar exatamente o que é resina e o que não é. Daí fica bem mais fácil remover o resina por lingual, ou mesmo por vestibular, com mais segurança.opa

Quanto à influência desse fator na fotoconversão da resina, co-orientamos uma tese em Araraquara onde vimos que dada uma mesma energia, essa resina polimeriza mais rápido que a transbond da 3M. O artigo está em fase de revisão, quando for publicado, coloco ele por aqui!

Quanto ao poder de adesão, ela se compara a transbond, conforme pudemos avaliar clinicamente e através de uma pesquisa clínica com desenho split-mouth, que está em andamento, também aqui em Araraquara.

Finalizando, acredito que esses são motivos muito bons para utilizar essa resina tanto para a colagem de bráquetes linguais ou botões, como para colar contenções com a sua versão flow.

Um abraço a todos,

R.Martins


Ortodontia Lingual: Como começar? Dez dicas…

Boa tarde a todos,

Hoje completamos um mês de “smartodontics” com mais de 200 acessos. Ficamos a primeira semana sem contar e mais 5 dias na semana passada, então acho que posso estimar que tivemos mais que 200 acessos.

Hoje tomei a vontade de escrever em função de uma pergunta de uma aluna de especialização sobre como começar a fazer ortodontia lingual.

Meu primeiro curso de ortodontia lingual foi em 2001 e desde então tenho me dedicado a me aperfeiçoar nessa técnica. Tratei alguns casos com os bráquetes Kurz, geração 7 e poucos com SBT, sendo que a maioria dos meus casos é ou com Inovation L ou Incognito. Realmente deve ser difícil começar nos dias de hoje, já que o custo inicial é caro, e o paciente que paga por um tratamento diferenciado é, na maioria das vezes, exigente. Então aqui vão algumas dicas:

1 – Se você quer começar, faça um curso de ortodontia lingual formal. Existem bons e maus professores, bons e maus clínicos, e até quem dá aula sem casuística nenhuma. Mas como no início não tem como você saber quem é bom ou ruim, tem que se arriscar. Com o tempo e com sua experiência, você vai descobrir quem te deu boas informações e quem te contou apenas o que você queria ouvir.

2 – No começo, você pode não ganhar muito, saiba disso. Existe um investimento inicial, que as vezes engloba ter que “subsidiar” custos do paciente.

3 – Não tente colar seus primeiros casos. A colagem em ortodontia lingual é primordial. Se você não tem experiência, pague por esse serviço.

4 -Tente utilizar um dos sistemas customizado, fabricado por CAD/CAM, o Harmony ou o Incognito, para que você se adeque a trabalhar por lingual.

5 -Se não for possível trabalhar com um sistema customizado, começe a trabalhar com a arcada superior. Monte a arcada inferior por vestibular nos seus primeiros casos. É a arcada inferior que incomoda mais e que atrapalha mais a fala.

6 – Compre materiais adequados, como fios e alicates próprios para lingual. Se você me perguntar:  “Dá para correr uma maratona de conga?”, a minha resposta pode ser: “Sim”. Agora, se você quiser levar a corrida a sério a minha resposta é: “Não, compre um Mizuno.”

7 – Assuma que talvez você não consiga terminar os seus primeiros casos por lingual. Seja sincero com seu paciente.

8 – Não escolha um caso que esteja bem alinhado inicialmente. Suas dificuldades iniciais podem fazer com que o caso “embaralhe” no começo, e você fique em maus lençóis.

9 – Tenha um sugador de Nola.

10 – Não tenha preguiça. Ortodontia não aceita que se “coma barriga”. Ortodontia lingual, muito menos.

 

Um abraço a todos,

R. Martins